terça-feira, 17 de abril de 2012

Doce Lua... Eterna Lua






Lua, velha companheira de noites geladas
e como Astrónomo que sou,
hoje quero ver-te bem de perto, com o coração entreaberto,
Caminhar de leve a tua aura branca
e derramar os meus contidos sentimentos
em teu pálio de luz que a dor abranda.
Levam-me a ti, meus pensamentos,
teleguiados pelos meus anseios e tormentos
que já chegaram aí, de tão sedentos
em busca da mais pura inspiração
guardada na alma ardente dos amantes
e que floresce, redemoinho de emoções,
quando à noite tu despontas no horizonte tão vibrante.
Lua, não... Não ouças as melancólicas serenatas,
e algumas juras mentirosas, palavras tão ingratas,
nem uivos de lobos, falsos, traiçoeiros
declamando desventuras aos amores verdadeiros.
Hoje ouve-me... somente a mim,
que ao desafiar a noite abraçar-te vim.
Encontro-me só, angustiado...
Ajuda-me a encontrar palavras,
rimas mais ousadas, suaves e quem sabe até lunáticas
para compor meus versos de amor sem fim...
Banha-me refrescantemente em tuas fases, com o teu luar,
intensifica meus sonhos, clareia meu poetizar,
envolve-me em teu fascínio, lua branca, nua...
Torna-me poeta para que eu possa gritar,
com as inaudíveis vozes da alma,
o dom de amar!
E até mesmo que as nuvens te encubram, já dormente,
hás-de brilhar como um céu enevoado, que estrela-se de repente, com sua magia sublime e delicadeza sobre o seu reflexo nas aguas do novo ser !!! 








p.s. Carpe Diem 

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