quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Inimaginavél

Há coisas que não se dizem, sentem-se simplesmente.
Coisas que vão para lá daquilo
Que o olhar comum pode alcançar;
Coisas que não se tocam, mas nos tocam;
Que quando os ouvidos procuram,
Desistem, indignos de algo tão belo;
E se o olfacto tentar captá-las,
Esquece a sua verdadeira essência;
Mesmo quando o paladar insiste em degustá-las,
Adormece na sua inocência;
Coisas que se em revelam em algo maior,
Algo que nenhum dos cinco pode sentir
Algo que é amor;
Não se pode exprimir.
Porque amor é sentido,
Na intensidade de um olhar invisível;
No silêncio de um sussurro inaudível;
É algo que podemos tocar, sendo intocável;
É um cheiro tão puro, que não se fareja;
E que um beijo ingénuo vai entregar
A um coração, numa enorme bandeja.
Falam de um sexto sentido:
Usar o coração para amar e sentir-se amado.
Muitos, já não o têm,
Mas todos nasceram com ele.
Se o perderam? Sem dúvida…

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